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O que não é dito

Falamos muito todos os dias. Na maioria das vezes, falamos coisas triviais, necessárias ao convívio e manutenção de nossa vida pessoal e profissional. E neste “falar” diário, muitas coisas não são ditas, mas estão ali, latentes. No fundo, a gente sabe, sente e percebe tudo o que acontece. Mas, com frequência, não falamos sobre o assunto. E o que não é dito fica oculto, mas visível. Afeta nossa vida e, às vezes, aumenta nossa angústia. Quando falamos sobre tudo o que nos move, vamos entendendo e trabalhando nossas constantes inquietações.

O certo é que o ser humano é social. Fomos feitos para viver em grupo, compartilhando momentos, nos reconhecendo no outro e aprendendo todos os dias através das nossas interações sociais. Por vezes, nos afastamos de algumas pessoas, nos aproximamos de outras, vivemos momentos de conflitos, avaliamos e, muitas vezes, condenamos as atitudes alheias e as nossas. Tudo faz parte da construção diária. É nesta jornada que precisamos estar atentos ao que não é dito e tentar falar sempre sobre o que sustenta nossas atitudes e propósitos.

Vale dizer que as palavras são nossa forma de manifestação. Falar ao outro e, ainda mais importante, ouvi-lo e buscar formas de contemporizar as desavenças parece ser um caminho sensato. O que não se diz pode se transformar em doença física ou psicológica. É importante que a gente fale na hora certa e cale quando as palavras forem instrumento de ofensa ou agressividade. Usemos para o bem este precioso instrumento: a nossa voz transformada em palavras.




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