“ Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades...”
O poeta Cazuza faz referência ao ciclo contínuo da vida. Nos lembra a constante repetição e rotina a que somos expostos e, ao mesmo tempo, as intermináveis mudanças às quais precisamos nos adequar para seguir em paz e equilíbrio. Ao mesmo tempo, precisamos lutar diariamente com nossas angústias interiores e individuais, com nossas dúvidas e incertezas, associadas as nossas certezas e aos valores que trazemos arraigados e nos impulsionam ou freiam, selecionando nossas ações e reações. Tudo isso enquanto vamos vivendo, sem trégua, aconteça o que acontecer.
As perdas são inevitáveis. Começamos a vivê-las desde o nascimento, quando perdemos o aconchego do útero materno. E aí vamos nos construindo aos poucos, entre perdas e ganhos. E, por incrível que pareça, mesmo após uma perda muito dolorosa, a gente se reconstrói e encontra novos caminhos e novas formas de seguir vivendo. E as experiências que ficam para trás ajudam a ajustar os caminhos. A saudade do que foi vivido é sempre a certeza da importância do que foi construído. E ficam as lembranças, o orgulho e a admiração. Fica a certeza de que estamos todos no mesmo caminho, mesmo não sabendo bem aonde iremos chegar.
O tempo não para, a vida continua e o passado não volta. O presente e o futuro nos impõem decisões e posturas. Nos chamam todos os dias a fazer escolhas. Que possamos viver o presente intensamente e fazer escolhas conscientes para o futuro, sem jamais esquecer a beleza e importância de nosso passado.
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